De acordo com o presidente da Rodoil, Roberto Tonietto, a RenovaBio é uma iniciativa importante para a sustentabilidade, mas que precisa de uma reestruturação para que distribuidores e consumidores parem de sofrer com prejuízos.
A RenovaBio é a Política Nacional de Biocombustíveis, instituída pela Lei nº 13.576/2017, que tem como objetivos contribuir para o cumprimento dos compromissos determinados pelo Brasil no Acordo de Paris, trazendo recursos de fontes poluidoras para não poluidoras, ou seja, renováveis.
Tonietto conta que o primeiro prejuízo gerado pela legislatura brasileira é o de que o Brasil é o único país que cobra do distribuidor a geração do produto poluidor. Em todos os outros países, o custo é exclusivamente do fabricante, não sendo repassado para o distribuidor, e consequentemente, nem para o consumidor final.
“O segundo é que as distribuidoras são obrigadas a adquirir uma cota anual de créditos de carbono, mas os produtores não são obrigados a vender. O que no final do ano pode ocasionar o não fechamento da conta”, explica Tonietto.
A alta demanda e a não obrigatoriedade da venda acarretam no aumento do valor do crédito de carbono. “No início do ano uma unidade custava R$60,00, atualmente o valor chega à R$200,00”, conta o presidente.
Todos esses valores pagos pelos distribuidores impactam diretamente no preço da gasolina repassada ao consumidor.
“A RenovaBio é uma iniciativa muito boa, mas que precisa ser revista pelo governo para que o consumidor final não sofra ainda mais com os aumentos”, finaliza Tonietto.